[Grécia] Marcha de solidariedade com a okupação Terra Incognita em Tessalônica

Ocupação Terra Incognita para sempre

Solidariedade com as estruturas de luta que estão sendo atingidas pela repressão

Na segunda-feira, 17 de agosto, policiais invadem e despejam a okupa Terra Incognita. Durante a operação, realizam múltiplas buscas e apreensões, incluindo todo o maquinário do coletivo de impressão, enquanto, por outro lado, a mídia organiza um festival de baboseiras em torno do despejo com fotos seletivas de “achados que condenam” a sua atuação multifacetada com o conhecido conto de fadas-esconderijo. Desde então, a okupação foi selada e vigiada. Paralelamente, no domingo, 23 de agosto, policiais invadiram a okupação Libertatia no momento em que um grupo de companheiros consertava o telhado do prédio. Doze detenções foram feitas sob a acusação de “profanação de um monumento”, “construção ilegal” e “desobediência”, ao mesmo tempo que pegavam ferramentas e materiais necessários para reconstruir o telhado (como haviam feito alguns meses antes).

Em suas mãos vocês têm apenas as paredes, nas nossas está o mundo inteiro. Solidariedade, camaradagem, sonhos e planos para as lutas que marcam o presente e o futuro da emancipação e da autodeterminação. Por tudo isso, estamos aqui…

Terça-feira, 8 de setembro, 19h00, Kamara, Tessalônica

Manifestação de solidariedade com a okupação Terra Incognita

[Porto Alegre-RS] Cartazes em solidariedade com xs anarquistas presxs

Respondendo ao chamado internacional da Semana de Agitação Pelxs Presxs Anarquistas, foram espalhados nas paredes da cidade de Porto Alegre alguns cartazes lembrando a vida combativa dos anarquistas Sacco e Vanzetti e afirmando nosso mais profundo desprezo à justiça burguesa e, sobretudo, a sua materialização através da existência da prisão.

Esse pequeno gesto é dedicado axs companheirxs Mónica Caballero e Francisco Solar que, mais uma vez, demonstram que suas convicções são mais fortes que qualquer castigo ou ameaça do Estado.

Também não podíamos deixar de demonstrar nossa profunda solidariedade com xs presxs políticxs Mapuche em greve de fome, um exemplo de fortaleza e dignidade para qualquer rebelde ou revolucionário!

FOGO ÀS PRISÕES E FOGO NOS FASCISTAS!

SOLIDARIEDADE COMBATIVA COM TODXS XS PRESXS POR LUTAR!

VIVA A ANARQUIA!

 

[Porto Alegre-RS] Cartazes | Semana de Agitação pelos Anarquistas Presxs

Cartazes espalhados em Porto Alegre (RS) durante a Semana de Agitação pelos Anarquistas Presxs, de 23 a 30 de agosto de 2020.

Porque vivemos na contradição de perder a liberdade lutando por ela

Diante do inimigo, no nosso dia a dia, no nosso agir solidário, na construção de nossas cumplicidades e afinidades, na escolha entre gritar “morte ao estado e que viva a anarquia” e calar… vamos marcando nosso passo pelo mundo. Somos o peso de nossas decisões, e vivemos na contradição de perder a liberdade lutando por ela.

Cada companheiro e companheira sobre quem cai uma condenação e não se rende nem recua, marca no seu passo pelas prisões a determinação anárquica e a luta cotidiana de se manter dignos diante do inimigo. Fora, xs anarquistas não deixam nenhum guerreiro só. Nessa interação que pretende quebrar o isolamento carcerário, recuperamos algumas das palavras dos próprios companheiros para fazê-las ecoar nas ruas.

Na tirania do encerro globalizado, a rua é um dos espaços onde o conflito permanece, onde as regras são quebradas, onde o ataque acontece, onde as revoltas são possíveis… Eis a importância de invadir seus muros com as palavras daqueles que lutam contra toda forma de dominação, com elas abrimos as portas para sair do encerro mental encurralado na lógica estatal e no consolo virtual, formas de poder engrenadas entre si.

A Semana de Agitação pelos Anarquistas Presxs, inaugurada na década de 1920, nas agitações mundiais contra o assassinato de Sacco e Vanzetti, é o momento da vigência da solidariedade combativa: Através de diversos acenos que piscam em vários lugares, reafirmamos nossa cumplicidade na conspiração anárquica contra a dominação, nossa mão terna para os compas e o punho fechado para os inimigos.

Semana de Agitação pelos Anarquistas Presxs 2020

Palavras dos compas nos cartazes:

“O dia que não exista um só indivíduo (e não falo de lendas místicas) capaz de resistir a mega-máquina autoritária, a liberdade de todxs haverá morto… Somente seremos apêndices de um sistema que gera apenas alienação perturbada.” – Gabriel Pombo Da Silva.

“Sabemos que a simples existência do Estado nos localiza em uma situação de opressão, situação que é necessário combater e atacar se se têm por horizonte a liberdade. Não pode ser de outro modo. E é nessa opção de atacar onde vamos encontrando verdadeiros momentos de liberdade” – Francisco Solar

“É inegável que cada experiência de procura da liberdade vale a pena. Se fazer cargo da própria existência com todas suas vitórias, derrotas, alegrias e penas, é a experiência impagável que aquele que vive submetido nunca poderá conhecer. Não se trata de se perguntar se valeu a pena tentar fugir, pensar assim me condenaria a ser um eterno perdedor. O primeiro passo de toda ação é o mais valioso, aquele que sempre será um ganho.” – Joaquín Garcia.

“A dor é momentânea, o orgulho é para sempre” – Mônica Caballero,

“Um escravo pode se transformar num rebelde, um só homem, uma só mulher, podem se transformar num incêndio devastador da ordem que se deseja abater, que é a civilização, a qual dia a dia destrói tudo aquilo pelo que vale a pena viver.” – Alfredo Cóspito

FONTE: agência de notícias anarquistas-ana

[$hile] Palavras do preso subversivo Juan Aliste Vega a respeito da detenção de Mónica e Francisco

A pouco menos de um mês da detenção de nossos companheires Mónica e Francisco nas mãos do aparato policial do Estado, zeladores do poder e protetores dos interesses da casta burguesa política deste território.

Mónica e Francisco na prisão e reféns deste estado capitalista que os julga e sentencia desde o primeiro instante em que midiaticamente a administração fascista instala sua maquinaria servil jurídica em suas consequentes vidas.

São companheires que têm posição de caminhar livre e convicções férteis.

Os abraço com incondicional força e ternura com o coração repleto de cumplicidade.

Como inimigo deste estado levanto a escrita pela bela persistência de nos reconhecermos na palavra transformada em ato e o pensar em ação subversiva.

Irmanados no abraço de guerra que transcende muros e fronteiras, pulsação incansável que flui pela eliminação de toda forma de submissão.

É combate diário ante qualquer apresentação de poder. É anarquia presente com oxigênio libertário que não deixa de bombear desde os negros corações, mais razões neste contínuo de luta.

A prisão não é alheia neste caminhar, nossas vidas não são mensuráveis em custos há aprendizagem constante, há decisão inquebrantável de confrontação e ação direta indicadora tangível de que é possível não só batalhar, mas ser livres.

Irmanados no abraço de guerra que transcende muros e fronteiras neste contínuo de luta.

Caminhando com dignidade rebelde e olhar subversivo, dentro e fora da prisão para a liberação total!!

Enquanto exista miséria haverá rebelião!!

Juan Aliste

Prisioneiro subversivo

Cas. Santiago, Chile

14 agosto de 2020

Tradução > Sol de Abril

Fonte: Agência de Notícias Anarquistas

Okupação Terra Incognita Para Sempre

“Nossas okupações e estruturas são uma ferramenta muito importante na luta pela revolução social e a anarquia, bem como em nossa resistência diária contra o mundo do poder. Certamente, um despejo é um grande golpe para o movimento como um todo. Mas os prédios estão sendo reokupados. As estruturas estão sendo reconstruídas. As relações e efervescências que ocorrem dentro deles nunca podem ser suprimidas por qualquer Estado, qualquer policial ou qualquer poder.

O que importa é a continuidade da luta contra o Estado, o capital e todo o poder. Uma luta que continuará enquanto a ideia de liberdade e anarquia continuar existindo em nossos corações e mentes.”
Assembleia Anarquista
Fonte: Agência de Notícias Anarquistas

Tessalônica/grécia: despejo do Squat Terra Incognita

C o m u n i c a d o

Nesta manhã (17 de agosto), por volta das 5 da manhã, a escória da polícia grega invadiu o Terra Incognita em Tessalônica, um prédio ocupado desde 2004 que é um marco da luta e do movimento anarquista na cidade.

Os policiais fizeram o despejo do edifício, confiscando os equipamentos técnicos e materiais, e uma grande parte dos recursos internos.

Especificamente, foram confiscados os materiais das seguintes instalações anarquistas abrigadas no prédio: o material médico e de primeiros socorros, a quadra de esportes, a biblioteca e o material de impressão, bem como um grande arquivo de cartazes e outros materiais impressos que datam de várias décadas atrás.

Desde o primeiro momento, os policiais se juntaram a mídia desonesta, que, após iniciar seu serviço “ético” denunciando os detalhes falsos e não confirmados sobre a prisão de uma pessoa (que é uma mentira), finalmente tomaram o hábito de realizar a campanha de difamação e de “copiar e colar” relatórios, coisa que estão acostumados a fazer em operações de repressão similares.

Rapidamente, perto do squat, cerca de uma centena de pessoas solidárias se reuniram e pouco a pouco caminharam em direção ao prédio, que estava cercado por policiais, cantando palavras de ordem em apoio a ocupação e à luta anarquista.

Quando o Estado assina acordos com grandes empresas turísticas e empresários de “desenvolvimento ecológico” em benefício do capital, quando luta pelos interesses dos gigantes da energia brincando abertamente com a possibilidade de conflito armado, quando coloca pessoas indefesas em centros de detenção para imigrantes e as força a viver sua vida em condições deploráveis, quando atira nas pessoas na fronteira e as afoga no mar, quando viola o direito de manifestação e tenta reprimir os trabalhadores, quando culpa as pessoas por espalhar pela propagação de Covid para encobrir seus próprios crimes contra o sistema de saúde, ele também não tolera vozes de resistência dentro de suas fronteiras.

Não é coincidência, portanto, que o Estado tenha optado por atacar uma infraestrutura do movimento anarquista que se opõe constantemente ao Estado em todas as formas em que este maltratou os oprimidos.

Nossas ocupações e infraestruturas são um instrumento muito importante na luta pela revolução social e pelo anarquismo, bem como nossa resistência diária em um mundo comandado pela autoridade. É certo que essa ação é um ataque significativo ao movimento como um todo.

Mas os edifícios podem ser reocupados. A infraestrutura pode ser reconstruída. Os relacionamentos e processos que ali ocorrem nunca podem ser reprimidos por Estados, polícias ou autoridades.

O que importa é a continuação da luta contra o Estado, o capital e todas as formas de autoridade. Essa luta continuará enquanto as ideias de liberdade e anarquia viverem em nossos corações e mentes.

Eles queriam nos enterrar profundamente, mas esqueceram que éramos uma semente.

Nada acabou!

O Terra Incognita sempre será uma ocupação!

Não toquem em nossos squats!

Squat Terra Incognita

terraincognita.squat.gr

Tradução > Estrela

Fonte: agência de notícias anarquistas-ana

[Reino Unido] Stuart Christie 1946-2020. Morre Ativista anarquista.

John Patten

Stuart Christie, fundador“ da Cruz Negra Anarquista e Cienfuegos Press e coautor de The floodgates of anarchy morreu pacificamente após uma batalha contra o câncer de pulmão.

Nascido em Glasgow e criado em Blantyre, Christie creditou à sua avó a formação de sua perspectiva política, dando-lhe um claro mapa moral e um código de ética. Sua determinação em seguir sua consciência o levou ao anarquismo: “Sem liberdade não haveria igualdade, e sem igualdade não haveria liberdade, e sem luta não haveria nenhuma”. Também o levou da campanha contra as armas nucleares a juntar-se à luta contra o ditador fascista espanhol Francisco Franco (1892-1975).

Ele se mudou para Londres e entrou em contato com a organização anarquista clandestina espanhola Defensa Interior. Ele foi preso em Madrid em 1964 carregando explosivos para serem usados em uma tentativa de assassinato de Franco. Para encobrir o fato de que havia um informante dentro do grupo, a polícia alegou que tinha agentes operando na Grã-Bretanha e (falsamente) que Christie tinha chamado a atenção para si usando uma saia escocesa.

A ameaça do garrote e sua sentença de vinte anos chamou a atenção internacional para a resistência ao franquismo. Na prisão, Christie formou amizades duradouras com militantes anarquistas de sua geração e de sua geração anterior. Ele voltou da Espanha em 1967, mais velho e mais sábio, mas igualmente determinado a continuar a luta e usar sua notoriedade para ajudar os camaradas que ele deixou para trás.

Em Londres, ele conheceu Brenda Earl, que se tornaria sua companheira política e emocional. Ele também conheceu Albert Meltzer, e os dois fundariam novamente a Cruz Negra Anarquista para promover a solidariedade com os prisioneiros anarquistas na Espanha e a resistência em geral. Seu livro, As comportas da anarquia, promoveu um anarquismo revolucionário em desacordo com as atitudes de alguns que haviam entrado no anarquismo desde o movimento pela paz dos anos 60. Na conferência anarquista de Carrara, em 1968, Christie fez contato com uma nova geração de anarquistas militantes que compartilharam suas ideias e sua abordagem de ação.

O compromisso político e as conexões internacionais de Christie fizeram dele um alvo da Brigada Especial Britânica. Ele foi absolvido da conspiração para causar explosões no julgamento “Stoke Newington Eight” de 1972, alegando que o júri poderia entender porque alguém quereria explodir Franco e porque isso faria dele um alvo para os “policiais conservadores”.

Livre, mas aparentemente desempregado, Christie lançou a Cienfuegos Press que produziria uma riqueza de livros anarquistas e a enciclopédia Cienfuegos Press Anarchist Review. Resumidamente, Orkney tornou-se um centro de publicação anarquista antes que a falta de fluxo de caixa pusesse um fim ao projeto. Christie continuaria a publicar e pesquisar novas formas de fazê-lo, incluindo e-books e a Internet. Seu site christiebooks.com contém numerosos filmes sobre anarquismo e biografias de anarquistas. Ele usou o Facebook para criar um arquivo da história anarquista que não estava disponível em nenhum outro lugar, enquanto recontava memórias e eventos de sua própria vida e da vida de outros.

Christie escreveu The investigative researcher’s handbook (1983), compartilhando as habilidades que ele colocou em uso em uma denúncia do terrorista fascista italiano Stefano delle Chiaie (1984). Em 1996 ele publicou a primeira versão de seu estudo histórico We the anarchists : a study of the Iberian Anarchist Federation (FAI), 1927-1937.

Pequenas tiragens permitiram-lhe produzir três volumes ilustrados de sua história de vida (My granny made me an anarchist, General Franco made me a ‘terrorist’ e Edward Heath made me angry 2002-2004) que foram condensados em um único volume enquanto Granny made me an anarchist : General Franco, the angry brigade and me (2004). Seus últimos livros foram os três volumes de Pistoleros! The Chronicles of Farquhar McHarg, seus relatos de um anarquista de Glasgow que se juntou aos grupos de defesa anarquistas espanhóis nos anos 1918-1924.

Comprometido com o anarquismo e a publicação, Christie apareceu em muitas feiras de livros e festivais de cinema, mas desprezou qualquer sugestão de que ele tivesse vindo para “levar” qualquer um a qualquer lugar.

A companheira de Christie, Brenda, morreu em junho de 2019. Ele escapou tranquilamente ouvindo “Pennies From Heaven” (a canção favorita de Brenda) na companhia de sua filha Branwen.

[$hile] Últimas palavras do Machi Celestino Córdova em caso de sua morte

À Nação Mapuche, aos povos indígenas e não indígenas do mundo. A todos os povos que lutam por suas crenças espirituais, por seu território, por sua liberdade, por seus direitos na dignificação de seu povo. Sempre em busca do equilíbrio completo da ordem natural de nossa Mãe Terra, Ñuke Mapu, que sobrenaturalmente nos privilegiou como seres humanos – que infelizmente ainda não têm consciência de valorizar nossa Mãe Terra como ela merece.

Lamento profundamente ter de lhes dar minha última mensagem, durante meus últimos dias. Meu sacrifício é definitivo. Será uma honra dar minha vida pelo povo Mapuche, por nossa crença espiritual que é sagrada acima de tudo. Portanto, nunca deve ser renunciada.

E mais do que qualquer outra coisa, por minha condição de Machi é meu dever traçado sobrenaturalmente no mundo espiritual.

Para que a minha morte seja mais rápida, coloquei-me à disposição para retomar a greve seca a qualquer momento. Assim, meu fim não será lento como o esperado pelos poderes do Estado e setores empresariais.

Até meu último dia, lembrarei ao Estado chileno que não concordo com o massacre de nossos ancestrais, não concordo com o empobrecimento espiritual, cultural e socioeconômico, cruelmente imposto ao nosso povo Nação Mapuche desde a chegada da invasão. Na atualidade, desde janeiro de 2013, o Estado chileno me despojou de meu rewe, da minha família, da minha comunidade e de meu território, e de todos os meus pacientes a quem dei vida e saúde, sendo uma autoridade espiritual Mapuche.

No entanto, a hora da justiça está chegando para todos os povos indígenas do mundo e para todos os povos oprimidos, pois assim está predestinado sobrenaturalmente, por que já estamos vivendo a renovação do mundo.

Finalmente, gostaria de dizer que estou profundamente grato à vida por ter me dado uma família, a oportunidade de ser uma pequena contribuição para a luta de nosso povo e a serviço da humanidade. Também sou grato por ter aberto o coração de muitas pessoas de diferentes territórios do mundo.

Por fim, só espero que todos continuem exigindo que o Estado chileno devolva nosso território ancestral Mapuche e toda a dívida histórica com os povos indígenas. Além disso, exijo que nenhuma autópsia seja realizada após minha morte.

Chaltumay. Muito Obrigado.

Machi Celestino Córdova, 11 de agosto de 2020.

Fonte: Agencia Notícias Anarquistas.

Notícia Original: http://www.anticarcelaria.org/2020/08/13/ultimas-palabras-de-machi-celestino-cordova/

(Blumenau –Bra- SC) Live Punk Caronas live Squat Korr-Cell

[$hile] Dia de agitação e propaganda com xs presxs anarquistas Mónica Caballero e Francisco Solar

A 10 ANOS DO CASO BOMBAS / 14 DE AGOSTO DE 2010 – 14 DE AGOSTO DE 2020.

Em 14 de agosto de 2010, o Ministério Público lançou uma operação repressiva contra diferentes ambientes ácratas procurando dar respostas às dezenas de ataques explosivos / incendiários contra símbolos e instituições do estado-capital. 10 camaradas permaneceram na prisão por meses, acusadxs de fazer parte de uma associação terrorista ilegal.

Finalmente 5 camaradas enfrentaram um julgamento extenso que foi intitulado pela imprensa da época como “a maior derrota da acusação na história da reforma processual penal”. Isto aconteceu porque todxs xs camaradas que enfrentaram este processo foram absolvidxs de todas as acusações que procuravam lhes imputar.

Hoje, 10 anos depois, a realidade se depara mais uma vez com um cenário como o de 2010. Mónica e Francisco estão novamente atrás das grades, quando foram presos na madrugada de 24 de julho de 2020, em uma operação que incluiu várias batidas na região metropolitana e além. São acusados de enviar pacotes explosivos contra a 54º delegacia e contra o ex-ministro do Interior Rodrigo Hinzpeter, bem como do duplo ataque explosivo que ocorreu em tempos de revolta contra a construção do edifício Tanica transoceânico, localizado no bairro exclusivo e rico de Vitacura.

Hoje, 10 anos após o caso bombas, nossxs camaradas estão na cadeia, a vingança judicial do Estado e seus apoiadores não vai parar, tentando acertar todas as contas pendentes e reparar o orgulho ferido dos perseguidores de sempre.

Longe de qualquer sensação de derrota e imobilidade, nos recusamos a ficar indiferentes à festa da mídia e as penas que tentam impor a nossxs camaradas. É urgente para nós estender laços de solidariedade real, é urgente para nós gerar tensões diante deste sistema de controle e paranoia excessiva.

Nesta sexta-feira, 14 de agosto de 2020, 10 anos após a primeira detenção de nossxs camaradas, apelamos para uma nova e irrestrita solidariedade. Todos como puderem, onde quiserem e como acharem conveniente.

Todas as formas são válidas e necessárias para defender nossxs camaradas.

Todas as formas são viáveis na agitação e na propaganda para exigir sua liberdade.

SOLIDARIEDADE ATIVA E REVOLUCIONÁRIA COM XS PRESXS ANARQUISTAS MÓNICA E FRANCISCO.

PRESXS DA REVOLTA E DA GUERRA SOCIAL PARA A RUA.

QUE A SOLIDARIEDADE MULTIFORME SE EXPANDA POR TODO O TERRITÓRIO.

Tradução > Liberto

Fonte: https://noticiasanarquistas.noblogs.org/